Tuesday 5 January 2010

100 anos de República... Acabemos com os complexos!

 

Ora bem, este é um forte candidato ao post mais polémico...

Antes de começar, que seja bem claro que sou 100% Republicano e que acho a Monarquia (seja de qual tipo for) uma idiotice chapada e completamente anti-democrática.
Agora, a diferença é que sou Republicano mas sem complexos! Esta é um opinião de sempre que já partilhei por várias vezes, por isso sei como sou mal compreendido ;)

Porquê suprimir a história do nosso país da nossa bandeira? Temos a sorte de ser um dos países do mundo com mais longa história, mas em vez de enaltecer isso não... Decidimos apagar e começar de novo. Parvos!
O actual verde e vermelho são as cores do partido Republicano em 1910 (e desde 1891). Que bom não é? O nosso país, com tanta história para mostrar, decidiu mostrar-se com as cores de um partido político. Ainda por cima, essas cores foram impostas quando se sabia que a maior parte das propostas da altura defendia manter o azul e branco de sempre. Foi aprovado à pressa para não dar tempo às pessoas de dizerem não.
Como o nosso país tem o maldito complexo de não ir contra as idiotices nas revoluções isto nunca foi posto em causa a seguir. "Evidentemente", quem defender outra coisa, é seguramente contra a Républica... Este é o complexo Republicano, mas temos outros, como o complexo de Abril, ao qual um dia destes também vou dedicar um post...
Enfim, somos um povo sem coragem para desafiar os erros das revoluções. Isto tem que mudar.

A bandeira que está neste post é a que eu sempre defendi porque é que melhor mostra a história do país. O azul e branco são as cores do estandarte de D. Henrique na luta contra os Mouros (cruz azul e branca). A bandeira naturalmente evoluiu e as proporções de azul e branco também. No entanto, porquê apagar a história? Temos vergonha dela? Eu não!

Não me vou pôr a explicar o escudo e a esfera dado que penso que deve ser mantida. Também não me vou pôr a discutir as proporções do azul e do branco... apenas acho que se deve manter as proporções antes de 1910.

Revoluções sim, mas com respeito pela nossa História.
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5 comments:

  1. O azul esteve várias vezes fora da bandeira nacional, como podes ver aqui:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeira_de_Portugal

    A bandeira azul e branca data de 1830, e antes disso a última vez que o azul teve lugar de destaque foi em 1185, com uma excepção pelo tempo de D. João IV. Por isso, a bandeira que defendes durou 80 anos em uso, a actual vai fazer 100. A bandeira azul e branca estava associada também a um período que vai desde uma guerra civil, passando por várias revoltas populares e uma crise de identidade nacional criada pelo ultimato. Em 1910 as pessoas quiseram acreditar no melhor e cortar com o passado.

    Para mais, a bandeira actual foi desenhada, entre outros, por um dos maiores artistas portugueses, o Columbano (republicano convicto). Por isto tudo, porquê reverter para o azul e branco? Ainda se fosse só o branco...

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  2. Presumo que no penúltimo paragrafo queiras dizer "cores" em vez do segundo "proporções".

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  3. É bastante simples: o azul e branco são as cores iniciais da bandeira. Depois houve alturas em que o azul teve mais ou menos destaque, pas mim isso são detalhes.
    O que é importante para mim é que o verde e vermelho são as cores de um partido político e que a nossa bandeira foi decidida às escondidas e imposta sem discussão.
    Quero lá saber se há muito azul, pouco ou nenhum. Seja 3sigma branco se isso deixa o país contente. Agora, um país é mais que um partido político, e a bandeira dum país deve ser algo que não é imposto.
    Cortar com o passado... Volto a dizer, não tenho vergonha do passado. Aliás tenho orgulho.
    É o problema das nossas revoluções: evidentemente tudo estava mal antes...

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  4. Mas se olhares para a evolução das bandeiras, o azul original evolui para as quinas, e essas ainda lá estão.

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  5. Seja, isso para mim são detalhes com que não me quero distrair.
    Depois, tenho muito orgulho de Portugal ter sido o primeiro país no mundo a abolir a pena de morte, e isso foi em 1852, fase em que a bandeira tem a maior parte de azul.

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