Thursday, 30 December 2010

Salário mínimo: Portugal vs Espanha

Baseado nesta notícia: Zapatero anuncia aumento do salário mínimo de sete euros:

O salário mínimo em Portugal passa para 485€ em Janeiro 2011. Portugal tem 14 meses de salário, não 12, o que dá um salário médio real de 566€/mês. No final do ano, se se chegar aos 500€ em 14 meses, o salário real por mês passará para 583€/mês.

O ordenado mínimo em Espanha passa para 640€ em 2011.

Estamos portanto a falar de um salário superior ao Português em 13% que esperemos que passe para 9.7% no final do ano.

O importante é ser honesto em relação a estas coisas. Ouvem-se muitos mitos e mentiras acerca deste assunto.
- Estes salários são mínimos, isto não quer dizer que todos ganhem isto. Por exemplo, em França o salário mínimo é bem superior sem dúvida. Mas a proporção da população a receber o salário mínimo é bem superior a Portugal.
- Os salários mínimos Português e Espanhol são uma miséria e são insuficientes para ter uma vida que considero decente.
- O que pretendo com este post é de clarificar que os dois países não são tão diferentes nesse aspecto como o querem vender. Os salários mínimos em Portugal e Espanha são semelhantes. Espero que converjam e pelo alto, mas parem de dizer mentiras sobre este assunto.

Já basta e cansa de nos passarmos atestados de miseráveis por comparação com Espanha que ainda por cima são falsos.

PS. Não, não me esqueci da diferença de alguns preços. Este post é apenas sobre o salário mínimo.

Tuesday, 28 December 2010

Blindados

No "Bom dia Portugal" um "amigo" do Ministro Rui Pereira justifica a alegada irrelevância do assunto dos blindados pelo facto de haver muitos Portugueses com carros de 300 000€ (o preço de cada blindado)...

Só se forem os "amigos" dele... Os meus de certeza que se tiverem um de 20 000€ e sem prestações já estarão muito contentes, como eu estaria se quisesse um carro.

Eu não quero saber se 1 milhão de euros é pouco ou não no orçamento. Não se pode cortar abonos de família que leva pessoas a ter de comer da ajuda de instituições de caridade e alegar que 1.2 milhões de euros é irrelevante. Se não há competência que haja vergonha pelo menos.

A falta da noção da realidade e de decência é gritante e inaceitável.